sexta-feira, 24 de abril de 2009

OS SEM- ABRIGO

OS SEM-ABRIGO







Grita povo meu, clama por mais atenção
Não deixes que teus filhos morram
Pelas ruas tristes da amargura
Sentindo fome, sentindo frio
Abandonados em caixas de cartão


Ao Deus dará diz o ditado
O sonho, há muito tempo
Que não faz parte desta realidade
E o tempo, esse parou
No coração desta gente, sem abrigo
Sem sentido, sem vontade.


Mas a verdade, é que vegetando
Eles se arrastam, de arcada em arcada
Procurando no lixo quiçá, seu manjar
E se o salão dos nobres,
Estiver repleto, em majestosa jantarada
Não faz mal, pois sempre se têm por perto
Um vão de escada;
E tudo volta ao início, a noite cai
O dia amanhece, sem pressas, que importa
Há muito tempo que esta gente, não tem na vida
Qualquer interesse.








Anjo latino
Roterdão
Holanda

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